sábado, 28 de agosto de 2010

Espiritismo Laíco, eu cultivo esta idéia.

Desde que comecei a estudar a doutrina espírita em 2001, eu vejo que dentro desta, existem dois seguimentos. A dos espiritas religiosos, que são aqueles que veem a doutrina como sendo um tripé, no qual se sustenta a moral, a filosofia e a religião, são estes ainda muitos enraizados ao cristianismo. E o espiritismo laíco, o qual sou simpatizante e me identifico como livre pensadora, em que é considerado uma doutrina filosófica e moral, onde existe a liberdade de pensamento e expressão do mesmo. Um espiritismo progressista, livre pensador, não subordinado a religiosidade a qual impõe dogmas,  preceitos e hierarquias. E será neste II encontro Nac. da CEPA Brasil, que iremos debater e tentar conhecer um pouco mais sobre a identidade espirita.
 Como hoje no nosso país, existem cerca de 20 milhões de seguidores ou simpatizantes,  teremos que realmente chegar a um ponto comum, mesmo que claro, este não seja fundamentado apartir deste encontro, mas provavelmente se alinhavará para um futuro, quiçá, bem próximo. Este com certeza deveria ser o desejo do seu codificador, Allan Kardec.
E para ilustrar este bate papo informal, eu coloco aqui as palavras que "Krishnamurti de Carvalho Dias" deixou, antes de seu desencarne, em 2000 em Porto Alegre, num congresso da CEPA. Que na minha opinião e na de muitos,que veem o espiritismo desta forma, expressa a idéia central do verdadeiro espiritismo.

"Com protestos de sincero respeito pelos religiosos do movimento, sejam roustainguistas ou não, com pensamentos de paz endereçados ao respeitável Roustaing, aguardo confiante em que um dia os espíritas já libertos da religiosidade e decididamente compromissados com Rivail, ainda façam isso: organizem-se em um segmento padrão de um modo não federativo, mas meramente cooperativo, consensualista, isto é, onde ninguém subordine nem seja subordinado a ninguém em pirâmides de poder, mas todos cooperem uns com os outros, horizontalmente, igualitariamente, formando um contingente alternativo ao outro, ao sistema federativo, cada qual reunindo de modo pacífico e harmonioso, as duas compreensões espíritas: os ainda religiosos e os já libertos dessa limitação, todos convivendo lado a lado”.

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