terça-feira, 28 de julho de 2009

Déjà vu


Pessoal não assustem, mas como ando sem tempo pra postar, vou postar dois assuntos em um só dia. Inclusive este post me foi sugerido por meu amigo Mahariche, que tem bastante curiosidade em saber um pouco sobre o´"Déjá vu" que traduz-se como "já visto".
Bem, vou tentar explicar a ele e todos que se interessem, com os meus poucos conhecimentos sobre o assunto,pois não sou expert neste, que tanto intriga a maioria das pessoas.
Sensação que temos quando vamos a algum lugar, lemos um livro, vimos um filme, conhecemos alguém que nos parece familiar, aquela sensação de já ter visto antes ou ter vivido aquela situação ou ter passado por aquele local,isto é o déjà vu.
Segundo Hans Holzer, em seu livro Vida além Vida, ele explica como sendo o déjà vu uma precognição, ou seja a capacidade que o individuo tem de abordar através da memória, experiencias´parciais ou mais complexas de fatos por nós já vividos.
No caso de ser um déjà vu muito complexo onde a pessoa lembra de muitos detalhes, que ficam acima da precognição normal, segundo o autor, pode indicar que estejamos vivenciando experiências de uma encarnação passada.
Já psicólogos e psiquiatras, nos explicam que nosso sistema de memória temporal, que é o responsável por armazenar datas e afins, pode sofrer lapsos e nos informar coisas recentemente armazenadas, como se fossem fatos antigos, mesmo que estes fatos tenham sidos armazenados a segundos atrás.
No livro de Holzer, ele relata um epsodio de déjà vu:
"...durante a Segunda Guerra Mundial, um soldado se viu na Bélgica. Enquanto seus companheiros se perguntavam como entrar em determinada casa em uma cidadezinha daquele país, ele lhes mostrou o caminho e subiu a escada à frente deles, explicando, enquanto subia, onde ficava cada cômodo. Quando, depois disso, lhe perguntaram se havia estado ali antes, ele negou, dizendo que nunca havia deixado seu lar nos Estados Unidos, e estava dizendo a verdade. Não conseguia explicar como, de repente, se vira dotado de um conhecimento que não possuía em condições normais".
Espero ter podido explicar um pouco sobre o fenômeno. E você já teve um "déjà vu?

Qual é a sua explicação para o Sonho ?


Você sonha, quando dorme? Lembra de seus sonhos? Quais são os misterios dos sonhos?
Como é gostoso ter sonhos bons, onde estamos em lugares perfeitos, mesmo que nunca estivessemos estado lá. Como é gratificante sonhar com amigos e familiares que estão longe,nos revigora, mata nossas saudades e nos faz pensar que sonhar não é tão simples com explica a psicanálise Freudiana, que nos fala dos sonhos como sendo nada mais do que a repetição de nosso cotidiano ou de coisas que desejamos muito e ainda não as alcançamos.
Para mim e todos aqueles que estudam ou simpatizam com as idéias espiritas, encontramos explicações mais plausíveis nas obras de tantos autores e principalmente naquelas escritas por Kardec, o grande decodificador do espiritísmo.
Kardec em suas obras, divide o sonho em três níveis:
O sonho puramente cerebral, que é aquele que repercute nossas disposições físicas e nossas preocupações morais.
O sonho de desprendimento do espírito,onde nosso espírito mergulha num oceano de pensamentos e imagens sem se desprender do corpo físico, ele apenas flutua na atmosfera de pensamentos e imagens.
Os sonhos profundos, onde o nosso espírito se desprende do corpo físico, ocorrendo a emancipação da alma e o espírito vai para o mundo astral. E é aí nesta fase do sonho que encontramos ou não, nossos afetos ou desafetos, que ajudamos ou somos ajudados, que também perseguimos ou somos perseguidos, em fim é a libertação da alma do seu envoltório material ou de sua "prisão", passando então para um estado de liberdade.
Daí então, tiramos a explicação para muitos dos "absurdos" que consideramos ter sonhado.Pois é nesta fase de liberdade que nosso espírito se libera e percorre o espaço, tendo relações diretas com outros espíritos e ate mesmo relembrando de vidas passadas. E quando ele retorna a sua morada no plano físico, que é o seu corpo, muitas das coisas não serão jamais lembradas.
Esta é uma explicação na qual acredito e que me responde a muitas das minhas antigas perguntas, mas nem todo mundo pode ver o ato de sonhar desta maneira, porque temos nosso livre arbítreo para escolhermos e acreditarmos no que quizermos.
Mas seja qual for a nossa explicação para este fantastico "fenomeno natural", é um recurso que temos de ver ou rever nossas ações, pessoas e lugares que não tenhamos acesso naquele momento, nos fazendo matar a saudade e rever nossos conceitos, nem que não tenhamos a curiosidade de saber a verdadeira resposta do que realmente é o sonho.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Pais maus"...


Este texto retirei do blog da Eliane, We in the ice land, que sou assídua leitora e achei maravilhoso, concordo totalmente e quero dividir com vocês, deliciem-se...

Quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes: Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
*Eu os amei* o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
*Eu os amei* o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado e dizer ao dono: Nós pegamos isto ontem e queremos pagar.
*Eu os amei* o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
*Eu os amei* o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração. Mais do que tudo: Eu os amei o suficiente para dizer-lhes,não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso, e alguns momentos até me odiaram. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
*Estamos contentes*, vencemos! Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães; quando eles lhes perguntarem se seus pais eram maus, meus filhos vão lhes dizer: Sim, nossos pais eram maus. Eram os pais mais malvados do mundo.
*As outras crianças* comiam doces no café e nós tínhamos que comer pão, frutas e vitaminas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne e legumes. E eles nos obrigavam a jantar à mesa, bem diferente dos outros pais que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
*Eles insistiam em saber* onde estávamos à toda hora. Era quase uma prisão. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Papai insistia para que lhe disséssemos com quem iríamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
*Nós tínhamos vergonha de admitir*, mas eles violavam as leis do trabalho infantil. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruel. Eu acho que eles nem dormiam à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer. Eles insistiam sempre conosco para que disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos.
*A nossa vida era mesmo chata*. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde.
O papai, aquele chato, levantava para saber se a festa foi boa só para ver como estávamos ao voltar.
*Por causa de nossos pais*, nós perdemos imensas experiências na adolescência: Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Foi tudo por causa deles.
**Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo de tudo para sermos *PAIS MAUS*, como os nossos foram.

*Dr. Carlos Hecktheuer Médico Psiquiatra Passo Fundo - RS

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sonhos e desejos


Estava lendo uma mensagem de Chico Xavier,onde ele falava que nós precisamos de certos recursos materiais, mas que o Senhor não nos ensinou a pedir o pão e mais dois carros, um avião e etc... Ensinou, sim, que não precisamos de tanta coisa para colocar tanta carga em cima de nós. Que podemos ser chamados hoje a vida espiritual,e aí, "tudo que criamos para nós e que não temos necessidade, se transforma em angustia, em pressão".
E isso é a pura realidade, quanto mais materialistas somos, mais sofremos.
Depois que li, comecei a associar o conteudo desta com as coisas que quero pra mim, já nem digo, das coisas que quero pra humanidade. Aos questionamentos que nos fazemos sempre relativo a uns com tanto e outros com muito pouco e na maioria das vezes "com nada ou sem nada". Bem mas voltando ao que quero pra minha familia,´eu acho, de acordo com minha percepção, são coisas simples, como saúde, harminia, paz de espírito, amor e uma situação economica estável, como a que tenho hoje. Não peço pra tirar em mega sena, nem jogo, porque acho que se o fizesse e tirasse, nem saberia como administrar minha vida, viveria com medo, com sentimento de culpa, não sei definir bem. Eaí quando falo isto aqui em casa, me dizem que estou louca! que se fosse com eles fariam isso ou aquilo.
Não condeno, porque cada um tem seu modo de pensar de sonhar.
Mas eu também tenho meu sonho, claro que preciso de dinheiro pra realizá-lo, mas nem tanto assim. E o meu sonho é bem fácil, seria ir com toda minha familia, digo marido e filha, para um outro país, onde tivesse segurança, oportunidades e reconhecimento das pessoas como profissionais e cidadãos, porque infelizmente no nosso país, não existe essa regra aplicada a todos.
Simples! mas é um sonho que não depende exclusivamente de mim. Porque sonhar sozinho, é apenas sonho e sonhar a dois ou a três pode virar realidade!
Mas tudo bem, sonhar ainda é permitido e de graça. Então porque não sonhar ?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Pela metade, fico eu, que sou inteira".


Assistindo a um programa de entrevistas, a pauta deste era "solidão",e que no Brasil um percentual de 49.6 de homens moram sozinhos e 50.4 de mulheres.
E quando perguntados o porque de quererem viver na "solidão", os motivos foram muitos, mas em geral era porque se sentiam auto-suficientes para terem um novo estilo de vida, mais independente tanto no sentido economico como psico-social formando a denominadas "famílias uni pessoais".
Mas a entrevistadora insistia na possibilidade existente quando o "viver sozinho", for mal elaborado e evoluir para uma depressão, desde que a pessoa não esteja realmente estruturada para viver digamos para si, sem ter uma companhia nas horas
menos intensas do dia a dia, que são aquelas em que a pessoa está sem as atividades que lhe mantém ocupadas, que são normalmente o trabalho e estudos.
Existe hoje em dia um frenético rítimo de vida e a falta de tempo para que as pessoas se aproximem, exponham as suas idéias, seus sentimentos e até que tenham mais contatos afetivos, porque estão todos preocupados com a questão do produzir, do crescer profissionalmente, acumular bens materiais que é comum no mundo capitalista e globalizado no qual vivemos. Mas não justifica que nos anulemos ou nos fechemos na solidão, porque com certeza este vigor, esta independencia física e psicológica vai diminuir e vai ser aí, que sentiremos a solidão propriamente dita.
Bem, mas voltando aos entrevistados do programa, teve uma em especial, que acabou sugerindo-me o post e o título deste. Foi uma publicitária, da qual não recordo o nome e que tomou realmente a decisão de viver só com seus animais de estimação em uma praia. Quando questionada a respeito da tal "solidão", ela responde que sim, sente a falta de alguém, mas de uma pessoa que se doe por inteiro e não pela metade.
E citou uma frase que resume toda a questão de também se estar na solidão a dois, que na minha opinião é a pior, porque é dupla. Ela diz: "Pela metade, fico eu, que sou inteira". È para questionar!

terça-feira, 14 de julho de 2009

O envelhecer ante os olhos de grandes filósofos.


Este post é dedicado a minha mãe que já está na casa dos noventa anos e apesar de todos os percalços da velhice, eu considero que seja uma pessoa que envelheceu fisicamente, com a saúde bem preservada. Claro, apesar das queixuras comuns a todos aqueles que chegam a esta faixa etária. Exporei um resumo da visão folosófica de alguns grandes filósofos da humanidade, a respeito do "envelhecer".
Platão, via o envelhecimento como sendo para os que chegassem a uma idade avançada, que na época, era em torno dos cinquenta anos,uma sensação de libertação e paz de espirito.
Aristoteles, se pronunciava em relação a velhice, que esta com certeza traria consigo alterações biológicas, psicológicas e sociais no individuo. E que so teria uma velhice saudavel, aquele que envelhecesse sem enfermidades.
Ele tinha uma visão bem diferente de Platão. Aristoteles via os idosos como deprimentes, pessoas que so viam o mal,desconfiados, carentes de solidariedade e que viviam de recordações desprezando as opiniões alheias.
Hipócrates via-os com sendo pessoas sim que sofriam variações em todos os aspectos citados acima, mas por ser médico e conviver muito com eles, recomendava que estes deveriam sempre se ocuparem mentalmente e inclusive terem cargos de confianças para que aumentassem suas auto-estimas, considerava sendo velho todo cidadão acima de cinquenta anos.
Já Marco Túlio Cícero,via o idoso com otimismo. Incentivava o cuidado mental e corporal no idoso acreditando que a velhice, nao é só queixume, atribuindo que quem se queixa na velhice, geralmente o fez pela vida toda.
Sêneca, já teve tambem uma visão mais otimista do envelhecer, que ela é uma época boa, de transição, mas é necessário que se saiba aceitar todo este processo físico, biológico e psicológico. Goethe no inicio do seculo XIV, envia uma mensagem de otimismo: “Assim, amigo idoso e fraco, não te deixes abater pelos anos. Tenhas ou não teus cabelos brancos, ainda poderás encontrar o amor”
Somente na metade do século XV,os ingleses começam a estudar a gerontologia.
Mas foi no século XIX,que comça uma grande preocupação com o idoso e todos os seus aspectos, dando inicio a uma especialidade da medicina depois denominada Geriatria.
No Brasil,o interesse pela geriatria começa em 1961,com a criação da Sociedade Brasielira de Geriatria, posteriormente acrescentou-se a designação de Soc. Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Hoje cada vez mais se valoriza o cuidado e a atenção ao idoso,o que se torna indispensável para que os idosos tenham uma velhice saudável tanto no ambito físico como psico-social."Jovens de hoje, futuros idosos de amanhã".

terça-feira, 7 de julho de 2009

A Ideofobia - Filosofia de Victor Hugo.


Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim.
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos.
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito.
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo.
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois, que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
quando não restar mais nada,
essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
não amadureça depressa demais.
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer.
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor.
E é preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
que o riso diário é bom,
o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,Com o máximo de urgência,
acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda, que você afague um gato,
alimente um cuco e ouça o joão-de-barro,
erguer triunfante o seu canto matinal.
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também, que você plante uma semente,
por mais minúscula que seja.
E acompanhe o seu crescimento.
Para que você saiba de quantas
muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano,
coloque um pouco dele na sua frente e diga: "Isso é meu"!
Só para que fique bem claro, quem é o dono de quem.
Desejo também ,que nenhum de seus afetos morra,
por ele e por você.
Mas que se morrer, você possa chorar
sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim, que você sendo homem,
tenha uma boa mulher. E que sendo mulher,
tenha um bom homem.
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
não tenho mais nada a te desejar.
Victor Hugo.