domingo, 29 de novembro de 2009

O dom de saber envelhecer - para ler e refletir!


Pensar no próprio envelhecimento quando se tem 20 anos é difícil.
Uma amiga diz, que quando tínhamos trinta e poucos anos, eu dizia que viver até uns 55 era uma boa... "Fazer planos" de viver mais 20 anos à frente é o normal. Como já tinha os filhos, vai ver que pensei: "Até lá eles já terão mais de 20 anos, já saberão viver sozinhos..."
Mãe sempre pede a Deus "um tempo" pra ver os filhos crescerem, se formarem, "tomar rumo" na vida.
Aos 40 e poucos anos eu já sentia que a vida passa, mas a gente continua mais ou menos como era. O corpo vai se modificando, mas a cabeça , ainda que o normal seja que evolua emocionalmente, tem um tanto das ilusões dos 20 anos. Pelo menos comigo foi assim. Não estou generalizando, nem defendendo tese...
Aos cinquenta e poucos anos, meus filhos já formados, cuidando de suas vidas, minha vida estável emocional e financeiramente, ainda continuei com minhas ilusões, mesmo porque sempre fui muito madura para a idade, mas um amadurecimento apenas das responsabilidades, pois as emoções meio que ficaram paradas no tempo...
Eis que agora, ainda longe da velhice "propriamente dita", mas convivendo com a velhice da minha mãe, o futuro me assusta um pouco.
Não dá pra pensar que envelhecer é adquirir rugas, ganhar flacidez, ter uma gordurinha localizada...
Envelhecer é muito mais que isso e começa lá atrás, ao nascer...
Envelhecer bem ou mal vai depender da nossa genética, do nosso procedimento ao longo da vida, dos embates que a vida pode nos dar.
Envelhecer significa basicamente perder as ilusões.
Sempre é tempo de querer, sempre é tempo de se permitir, sempre é tempo de se cuidar.
Quando se começa a desanimar, deixar-se levar pelos problemas, aí começa o verdadeiro envelhecimento.
Que nem depende tanto do tempo cronológico.
Quando se é jovem é muito comum procurar aparentar mais idade seja para receber o respeito associado às idades mais avançadas, seja para realizar atividades reservadas às pessoas mais velhas, como comprar bebidas alcoólicas ou dirigir veículos.
Por mais que não se queira, envelhecer faz parte da vida.
Hoje a TV, as revistas, fazem um alerta para os jovens aprenderem a envelhecer. Preparar-se para a velhice saudável está na ordem do dia.
Aos 20 anos, no auge da nossa capacidade, não dá pra morder um sanduiche com bacon e ovos e pensar no colesterol...Mas é assim que tem que ser. Com toda a informação que se tem hoje, é inadmissível se descuidar.
Para uns, os reflexos de uma má alimentação, da falta de exercícios, de horas a menos de sono, do tabagismo, do uso de bebida alcoólica, da obesidade e outros itens importantes, pode demorar a acontecer, ou pode vir até mesmo antes dos 30 anos.
Cuidar-nos é necessário.
Menos por vaidade e mais por uma qualidade boa de vida.
Envelhecer é muito triste.
Não acreditem em propagandas exaltando a vida de um idoso de mais de 80 anos.
Mesmo que ele seja um atleta, nade, ande, corra, sapateie, dançe, ache a vida maravilhosa, coma de tudo, saiba que ele é uma exceção.
Os jovens de hoje poderão muito bem ser os idosos "sarados' de amanhã. Se seguirem todas as regras...
Viver regrado, pensando num futuro remoto, não é fácil.
Mas viver sem nos preocuparmos com o futuro físico e mental também é uma roleta russa.
A vida pode nos cobrar a displicência. (autor desconhecido)


Este texto, eu li em algum lugar na internete e achei maravilhoso, concordo plenamente com o que ele ressalta, pena que não sei o nome do autor para colocá-lo aqui.

sábado, 28 de novembro de 2009

Parabéns meu cantinho!


Que coisa mais feia! O bloguito completou um aninho de existencia, dia 13 de novembro e eu simplesmente esqueci de fazer um post para homenageá-lo. Mas antes tarde do que nunca.
Parabéns meu cantinho! ...cantinho,onde escrevo minhas alegrias, tristezas, indignações e surpresas do coração. Enfim um lugar onde escrevo de tudo um pouco. Não deixa de ser uma terapia, pois externar minhas idéias e pensamentos torna-se um exercício bastante relaxante. Portando, eu estava devendo este post comemorativo ao blog a mim e aos que vèm aqui dar sua espiadinha. Parabéns!!!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Caos e ruas cheias !



Ola! realmente estamos já sentindo na pele o aquecimento global. Pelotas está em baixo de chuva desde o mês de outubro, não há praticamente um dia sequer que não caia temporais homéricos, onde as ruas ficam inviáveis até para os carros, isso falando em centro, há bairros em que as pessoas estão totalmente a mercê da água, estão desabrigados.
Não bastasse a cidade, também o RS todo está passando pelo caos da chuva, alagamento, com casas destelhadas pelo vento e pedras dos temporais diários. Realmente é de dar medo. Hoje teve um mega temporal o dia ficou escuro, ventou e choveu cântaros, não só aqui como nas cidades vizinhas. Agora, como uma benção, tem um sol lindo com um céu azul e brisa agradável, mas nos preparemos pois a previsão não é nada animadora, ainda tem 80 mml para chover aqui pelo estado.
Agora é ficar na torcida que estes 80 mml se espalhem de maneira a não sobrecarregar nenhuma cidade ou bairro e vamos em frente com o aquecimento global. Vamos torcer pelo melhor e que a previsão esteja equivocada! Aqui vão umas fotinhos de um dos temporais que registrei da frente de casa.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Aonde a gente vai papai?


Ontem saimos do inglês, eu e as colegas,e fomos a 37 Feira do Livro. E por estar um dia horrivel, pela chuva torrencial de 40 milimetros, com trovões e ruas cheias, não estava com todas as suas bancas funcionando. Mas mesmo assim deu pra ver os lançamentos e fazer uma eleição dos livros que pretendo adquirir.
Comecei a escolher os livros e de repente me deparei com um titulo bem sugestivo, apesar de não conhecer o autor. Chama-se " Aonde a gente vai papai?" de Jean-Louis Fournier, que é escritor, humorista e diretor de televisão. Abri o livro e li a sinopse. Imediatamente vi que se tratava da relação pai e filhos deficientes, como ainda este assunto é muito presente na minha vida e acredito continuará sendo por indeterminado tempo, resolvi que seria o primeiro que adquiriria.
Cheguei bem ávida por lê-lo e o fiz.
O livro trata de uma maneira bem diferente o problema da deficiencia, é um livro que tem um toque de humor, até pelo fato de ele ser humorista e fazer piada com a propria tragédia, vista assim por ele.
Mas é um livro chocante, tem um toque de crueldade no humor dele, quando ele relata "que teve dois fins de mundos". E acho, que até é uma forma de fugir da realidade dura que ele enfrentou e que realmente pelo que estou lendo, bem desgastante e frustrante para ele enquanto pai e homem, e que não admitia ser visto com piedade, e nem a familia.
O livro aborda os confrontos dele com a realidade externa, o porquê de ele não falar sobre os filhos, das frustrações dele enquanto pai e das suas vantagens de ser pai de filhos deficientes.
Realmente eu me choquei com sua abordagem e quando comparava nossas experiencias de vida, conclui que nunca tive a sua visão nem postura parecida, quando lidei com a deficiencia de minha filha e também em relação ao amor incondicional que dedicavamos a ela.
Achei que ele foi por demais corajoso de expor seus sentimentos de revolta e insatisfação, principalmente quando ele escreve que... "Muitas vezes não os suportava. Com eles, era necessário ter uma paciência de santo, e não sou santo."
"Graças a eles, tive vantagens em relação aos pais de crianças normais. Não precisei me preocupar com seus estudos nem com suas orientações profissionais. ... soubemos logo em seguida o que seriam: nada."
Não sei se recomendaria-o, a pesar de ter sido o vencedor do Prêmio Femina com 500 mil exemplares vendidos na França. Pois é comovente, duro, impactuante e ao mesmo tempo põe para fora os sentimentos que talvez muitas pessoas o tenham sem ter a coragem de externar.
São maneiras diferentes de se lidar com realidades diferentes, não o condeno, acho que até aprendi um pouco mais lendo o livro e fiquei certa de que fui uma mae que amou incondicionalmente dentro de minhas limitações, e a meu marido, um pai extremoso, sem questionamentos infundados e nem revoltas. Mas isso não tira o mérito dele, o autor, como pai dedicado, apenas mostra que nem todos reagem por igual, que as pessoas tem subterfugios diferentes. Mas que também, não é por isso que se tornam piores ou melhores uns que os outros. Esta é a minha interpretação do livro que ainda estou terminando de ler.