quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Percorrendo caminhos.


A vida da gente é como a conduzimos, nada de novo nesse comentário, mas se analizar a minha eu vejo que fecha com a idéia.
Todos que leem o blog ou me conhecem, sabem que tive uma filha que ao nascer teve uma falta de oxigenação no cerebro (anoxia) e ficou sendo portadora de paralisia cerebral.
Todos esses oito anos de feliz convivio com ela, todos os cuidados especiais incluindo uma equipe de profissionais que nos auxiliaram, os cuidados básicos exercidos por nós pai, mãe e mana, por vinte e cinco horas diarias de dedicação. paciencia, amor, carinho e perseverança, não terminou com a sua partida desse plano.
Eu estou falando pela minha pessoa, pois nunca consegui deixar um só instante de minha vida, mesmo depois de sua partida,  de vivenciar na memória todos os cuidados, preocupações que tivemos em dar-lhe qualidade de vida, amor e suporte para passar por essa etapa de transição. 
E principalmente estar sempre lendo alguma coisa relacionada a crianças especiais,  pais especiais, em fim a novos tratamentos, métodos de tornar a vida de todos os envolvidos nessa circunstancia com qualidade, para que não se viva constantemente um luto, uma espera pelo morbido, pelo inesperado.
Poderia ter feito diferente? Claro.  Muitos o fazem.
Não querem mais vivenciar aquela situação que foi marcante, triste, não querem retornar a um ciclo que terminou, porque lembranças são benéficas, nos acalmam, nos revigoram, nos fazem acreditar que passamos e superamos determinada etapa de nossas vidas.
Mas também essa mesmas lembranças podem deprimir ou entristecer-nos.
Mas eu não consigo ver como triste ou depressivo e sim como final de ciclo, onde findou, mas ainda faz parte e o fará, de minha vida. 
Pois foi uma etapa que se solucionou de uma certa forma, e não significa que eu tenha que extirpá-la do meu dia a dia, não.
Eu não tenho mais esses cuidados na matéria, no físico, no agora, mas os tenho em minha memória e no meu coração.
E não consigo deixar de me interessar, como que num passe de mágica pelo assunto em todo seu amplo sentido, de uma hora para outra.
Por isso fiz meu trabalho de final de curso (especialização) no que mais sabia fazer de melhor, que foi cuidar, amar e brincar com minha filha, continuo lendo tudo a respeito de crianças, mães e cuidados com essas crianças, sigo blogs, sites, posto aqui e pretendo escrever um livro, talvez uma auto-biografia. 
 Não sou triste, não sou depressiva, sou resolvida, sou feliz e tenho a sensação de dever cumprido.
Apenas tenho muitas saudades, o que é perfeitamente humano.
Não quero deixar de conduzir minha vida dessa forma, porque me faz sentir bem, em paz e mais próxima a ela.
Sentir saudades é saudável.
Triste e preocupante seria se tivesse dado essa feliz etapa de vida por encerrada, e em cima dela colocasse a  pedra do esquecimento ou da indiferença.
Quando se é feliz da maneira que conduzimos nossa vida, porque mudar seu rumo!?



"Caminhante, são teus rastos


o caminho, e nada mais;

caminhante, não há caminho,

faz-se caminho ao andar.

Ao andar faz-se o caminho,

e ao olhar-se para trás

vê-se a senda que jamais

se há-de voltar a pisar.

Caminhante, não há caminho,

somente sulcos no mar." 

António Machado


 "Eu adoro percorrer caminhos, só para ver onde vão chegar. Podem chegar a paraísos ou não, mas a algum lugar, eles chegarão." Ziza.
 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Amor incondicional.

"Não podemos nos decepcionar com as pessoas... A decepção é fruto exclusivamente nosso, quando depositamos no outro responsabilidades da gente. O amor incondicional não provoca decepção em ninguém. Para não nos decepcionarmos devemos estar íntegros, ou seja, nos conhecermos o mais profundamente possível".  RGM

Hoje quando abri o face me deparei com esse pensamento, de um amigo, eu achei que realmente dizia tudo, em relação as nossas expectativas e decepções em relação as pessoas que convivemos.
Começamos a projetar coisas que gostariamos que fizessem para nós e até mesmo que deveriamos fazer em relação aos demais, sentimentos que gostaríamos que nutricem pela nossa pessoa, atitudes que tomassem em prol de nós mesmos.
Enfim moldamos nossas responsabilidades, nossos sentimentos em relação a nós mesmos e aos outros e jogamos para cima de nossos pais, irmãos, amigos, filhos, relacionamentos e esses agem de forma muitas das vezes não correspondida com nossos ansejos e acabamos nos decepcionamos de tal forma que muitas das vezes chegamos a mudar a intensidade de nossos sentimentos, quando não, tentamos como dizem por ai "inverter posições", na escala de sentimentos nossa em relação a ela.
Quando se na realidade estivermos bem resolvidos conosco mesmos, suprindo nossas próprias necessidades, atingindo nossos ansejos e projeções não estariamos cobrando isso de nosso próximo.
E esse amor que daríamos e receberíamos seria o amor incondicional, aquele amor que não exige nada para se doar e nem nada para ser recebido.
 Mas isso meus amigos, é uma coisa que nós, seres menos evoluidos espiritualmente não conseguimos exercitar, não porque não queiramos, mas por não conseguirmos, mesmo.
Òbvio que um dia estaremos  evoluidos quanto aos nossos sentimentos e atos e garanto que neste dia  o mundo será muito melhor.
Pois felizmente o amor será incondicional.

sábado, 12 de novembro de 2011

Os brinquedos e a memória.




Oi gente, voltei depois de vários dias sem postagens resolvi passar e fazê-lo.
Vendo o prgrama da Angélica, olha só que falta do que fazer num sabado a tarde, mas faz parte. Bem como eu falava enquanto assistia o programa da Angélica, ela passou um quadro em ela e um ator convidado, estavam numa espécie de  museu de brinquedos antigos, e haviam muitos que fizeram parte da minha infancia e da sua também.
As bonecas,  os jogos, o Topogigio, que era top na decada de setenta, a boneca Andinha, as Susys, Beto, os bate-bates, enfim todos aqueles brinquedos que eu tive e também os muitos que não tive e que gostaria de tê-los tido.
E eis que volta em nossa memória, aquivada com todos aqueles brinquedos, as suas cores, as amigas de infancia, as brincadeiras, os natais e aniversários que a gente esperava com afinco para ganhar o brinquedo pedido ou adiar o sonho para o próximo.
Pois ganhar brinquedos na minha infancia, era coisa séria, requeria uma data ou motivo especial, até porque os brinquedos eram caros e a China não  fabricava-os em série, popularizando-os e deixando-os acessíveis como hoje em dia.
Então, me deu uma vontade imensa de entrar naquela fabrica de sonhos infantis,  tocar e manusear os muitos dos brinquedos que ali estão.
Pois como eu sempre falo, nossa memória é algo incrível, qualquer insite que ofereçamos a ela, ocorre um turbilhão de imagens de fatos, lugares, gostos, cheiros, sons e sensações que nos remetem ao passado distante ou próximo, fazendo com que voltemos a um determinado lugar ou situação, boa ou ruim.
E esse retorno a minha infancia com certeza, não tem preço.
È voltar a ser criança, sem compromissos, sem grandes responsabilidades, é voltar aos sonhos infantis que modelam nossas vidas de adulto. E como modelam!
E isso é muito importante para nós adultos que muitas vezes esquecemos que dentro de cada um de nós vive um a criança que está adormecida, esperando uma única chance para voltar a tona, ser feliz novamente ou até quem sabe dar uma reformulada no adulto endurecido pelas vivencias de seus dia a dias.
 Os brinquedos acima, são: bate-bate, vai-e-vem e a Susi. O bate-bate ou bate-bola, era conhecido pelos roxões que deixavam em nossos braços e mãos, até que pegassemos a maneira certa de fazê-lo funcionar. Todos muito divertidos. 
Eram os que tinhamos na época, não muito criativos se comparados com os atuais, dando nos a chance  de improviso, criatividade (podiamos usar de formas as vezes não muito indicadas) e o preço era bem acessivel a população infantil.