terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Receita de Ano Novo


Receita de Ano Novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade (Poemas de Dezembro)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Feliz Natal!


A todos os amigos, seguidores e familiares,desejamos um Natal repleto de alegrias, regado a saude, amor e paz,todos estes se perpetuando pelo Ano Novo que está por vir. FELIZ NATAL!








fonte: recados pop

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Blogar - uma corrente do bem


Virei uma blogueira incondicional, como podemos deixar de postar nos nossos e visitar os blogs que seguimos se as pessoas, mesmo não fazendo comentários, quando encontram conosco perguntam pelo blog e até comentam os assuntos lá postados.
Impossível não escrever e não ler todos os demais blogs, porquê cada um tem seu estilo próprio, que faz com que fiquem fascinantes e imperdíveis de acompanhar. Eu os vejo como minhas novelas virtuais da vida real. E todos os dias venho ler os que postaram novos assuntos e garimpar novos blogs. È um vício saudavel, que faz muito bem a todos, pois é uma das mais novas maneiras que as pessoas acharam de colocarem para fora suas idéias e emoções englobando um grande numero de pessoas de diversas partes do mundo e criando uma grande corrente do bem. È a maravilha da tecnologia que faz nossos dias serem melhores, repletos de pessoas que nos divertem e nos emocionam com suas histórias e peripércias. Aprendemos muito com todos e ensinamos também, temos exemplos bons a seguir e por consequencia damos bons exemplos também. Claro, que existem os que preferem seguir caminhos tortuosos, não respeitam opiniões e por conseguinte também não merecem que os respeitemos, mas isso é normal, entre tantos a se manisfestarem com carinho e atenção em nossos cantinhos virtuais, tem aqueles que extrapolam e que nos obrigam a estrapolarem com eles também, bloqueando suas palavras ferinas. Mas isso não é motivo para deixarmos de escrever e visitar aos amigos que fazemos virtualmente e que muitas das vezes se tornam reais, tal é a importancia que passam a ter em nossas vidas.
Quero agradecer a todos que veêm aqui, leêm, postam suas opiniões ou não, mas que acabam nos dando inspiração para escrever sempre mais.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Lição de vida vira artigo de pós-graduação



Finalizando o post anterior, depois que minha filha foi para o outro plano, imediatamente procurei me ocupar, pois fica um imenso vazio, na vida de uma pessoa que tem 25 horas do seu dia cuidando e dando uma atenção toda especial para alguém especial. Realmente eu teria mesmo que dar um sentido imediato ao meu tempo e a minha vida, que de uma forma ou de outra, também fora digamos meio que interrompida.
Foi então que me inscrevi na seleção de uma pós em uma universidade federal de minha cidade, fui aprovada e comecei a cursar, foi na área de Educação Infantil especificamente em concentração infantil. Cursei e fui aprovada com conceito A em todas as disciplinas e meu artigo final foi uma auto-biografia, que ficou excelente,segundo todos aqueles que a leram, claro que direcionada a um dos assunto do curso, que era o brincar e a sua importancia. Inclusive, foi publicada uma materia sobre meu trabalho, em um jornal da cidade. Isto porquê ao invés de ficar me remoendo e me penalizando sobre tudo o que ocorreu nas nossas vidas, canalizei tudo isso para meu lado profissional, e não imaginam como me fez bem. Apesar de ter tido momentos dificeis ao voltar as minhas memórias e buscar fatos de nossas vidas em familia. Foi assim que fiz, de um limão minha limonada. E pretendo seguir me especializando nesta área e vou escrever um livro direcionado a pais de crianças portadoras de paralisia cerebral.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ainda sinto-me uma mãe especial


Hoje lendo uns blogs que desconhecia nos quais entrei através de uma moça que começou a seguir o bloguito aqui. Me deparei com blogs de mães e pais que possuem filhos portadores de necessidades especiais e que escrevem seus posts com intuito de colocar para fora todo aquele emaranhado de sentimentos que nós pais sentimos e conhecemos. Nossos medos, angustias, tristezas, alegrias, decepções com as pessoas que encontramos em nosso caminho, o encorajamento de nós mesmos em deitar as vezes um pouco cabis-baixo e levantar com o ânimo renovado. Mas é bem assim, e só quem é pai e mãe destas crianças maravilhosamente especiais, pode entender e avaliar o que estou escrevendo.
E por incrivel que pareça, tudo acaba se encaixando e dando certo. E acredito eu, é com certeza a mão de Deus que nos acolhe e nos dá a força que temos e que necessitamos. Eu , sempre fui muito up, tanto como meu marido e filha mais velha e isso foi maravilhoso enquanto convivemos com nossa pequena, aqui na terra. Nunca nos lamentamos e nem queríamos que os outros o fizessem, sempre tentamos todos os caminhos possíveis para chegar a resultados excelentes e conseguiamos. Tinhamos pensamentos positivos e cheios e atitudes cheias de amor em relação a situação que estavamos vivendo, embora soubessemos que aquela situação não era provisória e sim definitiva, mas por esta razão mesmo, é que deveriamos mudar muitos de nossos conceitos e atitudes que antes de tê-la como filha, talvez tivessemos diferentes e que ao mudarmos nos adaptamos sem nunca termos revolta nem autopiedade.
Mas tudo isso que escrevi até agora, foi para dizer que ainda não consegui nem gostaria de fazê-lo, que é me desligar da questão de termos tido uma filha PNE e que apesar de não estarmos mais convivendo neste plano eu continuo ainda me interessando muito por todas as novidades da medicina, educação e todas as demais áreas que trabalham com os PNE.
Me interesso pelos pais e seus sentimentos porque apesar de não tê-la mais conosco, nos sentimos ainda, "pais especiais", não podemos e nem queremos renegar esta condição que nos mostrou o outro lado da vida e nos deu bagagem e nos ensinou a grande lição de vida, de amor incondicional e de solidadriedade humana que foi tê-la tido como filha.
Amo demais todas estas crianças e as respeito com toda a intensidade que ser mãe de uma delas me oportunizou aprender. Este post é minha homenagem a minha filha Midian,que apezar de ter partido, continuo amando cada vez mais intensamente, mas com serenidade, mesmo não estando junto dela fisicamente.

Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem, cada um como é.

Fernando Pessoa

domingo, 13 de dezembro de 2009

Mudanças de atitudes


Achei perfeito para todos nós, porquê nesta época do ano ficamos suscetíveis a ser mais amáveis e solidários com todos, depois que passam as datas de finais de ano esquecemos de prosseguir pelo mesmo caminho, o da solidariedade e fraternidade humana. Por isso é sempre bom frisar, que os bons sentimentos devem se perpetuar pelo ano todo e não só nos finais de cada ano. A vida prossegue, mesmo depois das festas!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Woman time


Dezembro, meio mês se foi e o calor está ameno. Eu que tenho grande paixão pelo inverno, estou feliz da vida!
Dias fresquinhos, com noites bem geladinhas, que até dá para puxar um edredom. Há quem não goste, claro, mas eu adoro. Tirando a chuva que vive nos atormentando desde setembro, o friozinho é sempre bem vindo. Devido ao fenomeno da La Ninha, os meteorologistas, que estão cada vez errando menos na previsão, dizem que o verão vai ser bem semelhante a esta época, temperaturas agradáveis com muitas frentes frias para amenizar o calor de janeiro e fevereiro, ah, e claro com a presença da chuva, que por sua vez promete não dar trégua, nem no verão.
Mas deixa como está, que está ótimo, nem tudo é perfeito nesta vida.
Talvez o tempo mude mesmo de forma tão radical, que tenhamos um white christmas, afinal sonhar é grátis e permitido!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Toc-toc....toc-toc...


TOC-TOC !!! Quem bate? ...é o espírito natalino chegando a porta de cada casa, virtual ou não!
Època de decorar as casa e abrir a mente. Tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo.
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia.
E se não ousarmos fazê-la teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos.
Fernando Pessoa

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Como pode sobreviver?


Você que viveu sua infancia na década de 60, 70 ou 80?
Como pode sobreviver?
Afinal de contas ...
1) Os carros não tinham cinto, apoio de cabeça e nem air-bag!
2) Ìamos soltos no banco trazeiro e de-lhe bagunça. E isso não era perigoso!
3) As camas eram de grade e os brinquedos eram pintados com tintas duvidosas, contendo chumbo ou outro veneno qualquer.
4) Não havia trava nas portas dos carros, nem chaves em armários de medicamentos ou de químicos domésticos.
5) Andávamos de bici, sem capacetes e sem joelheiras.
6) Bebíamos água da torneira e não água mineral em garrafas ditas "esterilizadas".
7) Construíamos nossos carrinhos de rolimã. Haviam alguns acidentes, as vezes, mas ... tudo se resolvia.
8) Ìamos brincar na rua com uma única condição: Voltar para casa ao anoitecer... e voltávamos mesmo!
Não tinha celular e nossos pais sabiam onde andavamos.
9) Tinhamos aula só de manhã e almoçávamos em casa.
10) Gessos, dentes partidos e joelhos ralados... Alguém se queixava disso?... Todos tinham razão, menos nós!
11) Comíamos doces a vontade, pão com manteiga e bebidas com açúcar. Não se falava em obesidade, brincávamos na rua e eramos super ativos.
12) Dividíamos com os amigos um refri comprado no barzinho da esquina e tomavamos gole a gole e ninguém morreu por isso!
13) Nada de playstation, nintendo, jogos de videos, internete, videocassete, dvd, cel e camera, computador e chats na internet. Só os amigos!
14) E os nossos cães, lembram? comiam a mesma comida que nós, tomavam banho de mangueira no quintal e com sabão de lavar roupa !
Nenhum deles adoecia ou morria por isso.
15) A pé ou de bici íamos na casa dos amigos, não importando a distancia!
16) È verdade, neste mesmo mundo cinzento e sem segurança de hoje, jogávamos bola na rua com as traves marcadas por duas pedras e mesmo não sendo convocados, não ficávamos frustrados e nem era o fim do mundo!
17) Na escola tinham os bons e os maus alunos. Uns passavam e outros eram reprovados.
E nem por isso íamos ao psicologo ou psicoterapeuta. Não se falava em superdotado, dislexia, problemas de concentração ou hiperatividade.
Se não passávamos, repetíamos de ano e tentavamos no ano seguinte.
18) Tinhamos liberdade, fracassos, sucessos e deveres. E sabíamos lidar com cada um deles!
A única questão é: Como conseguimos sobreviver? E acima de tudo como conseguimos desenvolver nossa personalidade?
Era uma chatisse? Talvez nossos filhos o achem,... Mas eu penso:... como éramos felizes!


Dejan Trifunovic