Geralmente esta época do ano, as pessoas de algumas classes sociais, mais abastadas, digo aquelas que não "sobrevivem" com o miserável salario mínimo, recebem seus salarios do mês e mais ainda o décimo terceiro salario, que é normalmente pago em duas parcelas. Estas pessoas se preocupam em fazer uma ceia farta, para a véspera do dia de Natal, porque afinal somos um país onde a maioria é religiosa.
E também planejam dar um presente aos familiares. Seja este presente, algo suntuoso ou algo singelo. Mas na verdade, querem oferecer algo a alguém.
Eu sempre fiquei com vontade de bancar a Mamãe-Noel por um dia, mesmo sabendo que não iria resolver o problema de milhões de brasileiros que passarão um final de ano na mais completa miséria.
Sempre que posso, ajudo instituições filantrópicas com roupas, alimentos e até já ajudei por quatro anos uma ong, que depois descobri ser fraudulenta. Me rebelei e deixei de ajudar com dinheiro. Porque infelizmente o ser humano é assim, tem seu o lado podre que de vez em quando aflora, e se aproveita daqueles que precisam e usam destes para obter renda para seus próprios e egoísticos beneficios. Ou sejam fraudam a confiança dos que dão e dos que precisam receber.
Mas voltando ao assunto, dar e fazer feliz nem que seja uma única pessoa, sem querer resolver o problema do Brasil, de carencia tanto afetiva quanto material, eu fui a uma agência dos correios para selecionar uma ou duas cartinhas de crianças carentes, e quem sabe proporcionar um alento ao coração deles. Chegando lá, havia uma sala pequenina, onde podiam entrar até três pessoas, juntamente com os funcionários, e então havia um saco, imenso de cartas, onde escolheria-se algumas e leria-se ali mesmo, optando por qual delas adotarias.
Havia uma fila considerável de pessoas antes de mim e lá dentro, quatro pessoas lendo várias cartas, despreocupadamente. Eu chego à porta e me dirijo ao funcionário dos Correios, perguntando se não poderíamos pegar algumas cartinhas, assinando um termo de compromisso de em vinte e quartro horas entregá-las, e ainda com a ajuda garantida?! Ele me responde que não, que teríamos que ler as cartas ali no local e optar ali mesmo pela ajuda que dariamos.
Conclusão: desisti de esperar.
Talvez volte lá numa outra oportunidade e leia alguma cartinha, se sobrar.
Mas vou continuar dando minha contribuição a outras instituções. Talvez não seja desta vez ainda, que serei Mamãe-Noel por um dia.
Talvez volte lá numa outra oportunidade e leia alguma cartinha, se sobrar.
Mas vou continuar dando minha contribuição a outras instituções. Talvez não seja desta vez ainda, que serei Mamãe-Noel por um dia.
E tu, já deste um pouco do que te sobra a alguém que precisa? Ainda é tempo de fazê-lo. Não só nesta época mas em todo o ano que está por vir.
Só tenham cuidado no que se tratar de dinheiro, nunca é demais tomar todo cuidado, embora a gente saiba que fizemos a nossa parte e que se alguém desviou o propósito dela, isso não é nossa culpa, mas não convém arriscar.
Só tenham cuidado no que se tratar de dinheiro, nunca é demais tomar todo cuidado, embora a gente saiba que fizemos a nossa parte e que se alguém desviou o propósito dela, isso não é nossa culpa, mas não convém arriscar.
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